27/07/10

o zodíaco perdido da cefalónia

O Zodíaco da Cefalónia manteve-se desconhecido durante séculos. Só em 1977, numa expedição liderada pelo arqueólogo Indirro Amezqueta, é que este notável tesouro civilizacional chegou até nós. O trabalho de campo decorria pacatamente naquela ilha grega, com o levantamento de um complexo habitacional do século IX e sem que nada de particularmente relevante suscitasse um interesse maior por parte de toda a equipa. Mas, a 25 de Agosto, pelas 11h da manhã e debaixo de uns desmotivadores 40 graus centígrados, o seu esforço foi recompensado. No interior das ruínas de um estranho edifício que começava a ser escavado, foram encontradas 10 placas que, apesar de extremamente danificadas, permitiam ler um conjunto de estranhas figuras, quase todas de origem zoomórfica e de teor aparentemente indecifrável. Passaram-se alguns anos até ao aparecimento da tese, considerada hoje a mais aceitável, segundo a qual os signos de um suposto zodíaco vigente na Cefalónia estavam representados em cada uma das placas. Mas o seu estudo prossegue (que significado terá aquela medalha ao pescoço de uma espécie de monstro marinho?) e continua a dar origem a inúmeras manifestações, nomeadamente artísticas, adaptadas formalmente aos nossos dias e com as mais diversas variações (uma curiosidade: o, hoje em dia, tão popular escafandro nasceu de uma figura original de um homem com cabeça de pedra. Este tipo de desfasamentos deve-se menos à criatividade dos artistas do que ao “diz que disse” e à protecção excessiva, motivadora de mitos, a que estiveram sujeitas as placas aquando da sua descoberta).